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quinta-feira, 10 de março de 2011

O que fazer se eu odeio o meu trabalho?

Especialista dá dicas de como melhorar o clima no trabalho ou procurar outro emprego, se for necessário



A consultora de RH da Catho Online Daniella Correa explica que é essencial analisar bem a situação antes de tomar qualquer atitude mais radical. “Optar por pedir demissão sem ter algo em vista é um risco, já que o profissional poderá levar mais tempo do que espera para ser recolocado”. Confira a seguir a entrevista concedida pela consultora ao iG:



iG: O que uma pessoa pode fazer quando o trabalho chega a prejudicar a sua saúde?



Daniella: Chegar ao ponto de ter reações físicas devido ao trabalho é um forte indício de estresse e falta de motivação. Neste caso, é importante que o profissional realmente avalie a sua situação atual dentro da empresa e tenha uma conversa saudável com seu chefe. Nessa etapa, é imprescindível tomar uma decisão até para evitar problemas maiores de saúde e deixar as portas da empresa abertas para uma possível volta.



iG: O que deve ser considerado antes de pensar em trocar de emprego?



Danielle: Para entender se é uma boa saída mudar de emprego o profissional precisa considerar a potencialidade de crescimento na empresa em que atua, a sua satisfação e dedicação nas atividades, quais são os reais motivos de insatisfação e se é algo momentâneo ou pontual. O andamento do mercado em que a empresa atua, as novas chances que poderão surgir e os benefícios oferecidos devem ser analisados.



Além disso, é importante ter em mente que um salário ou mesmo benefícios mais atraentes não devem, sozinhos, servir como justificativa para a mudança de empresa, pois se não houver motivações profissionais o funcionário poderá novamente se frustrar. É importante que o profissional, caso não tenha recebido, peça um feedback ao seu gestor sobre as perspectivas que pode ter na empresa e quais são os pontos que poderão ser melhorados para seu desenvolvimento na organização.



iG: O que fazer quando o problema é a função desempenhada? Mudar de carreira deve ser considerado ou, antes, é melhor mudar de setor ou de empresa?



Daniella: Caso o problema seja apenas a atividade, vale a pena ter uma conversa com o gestor e entender quais são as chances de realizar outra atividade na área em que está ou mudar de área na empresa.



iG: Pedir demissão sem ter nada em vista é prudente ou a recolocação profissional será mais difícil do que se a pessoa tentá-la estando ainda empregada?



Daniella: É claro que, para o profissional focar em sua busca e comparecer às entrevistas, seria mais fácil se estivesse desempregado. Entretanto, optar por pedir demissão sem ter algo em vista é um risco, já que o profissional poderá levar mais tempo do que espera para ser recolocado e com isso ter uma série de problemas, como, por exemplo, ter que aceitar uma proposta aquém do que planejava por dificuldades financeiras.



Neste caso, o mais indicado é que a pessoa, após avaliar todos os pontos e ter certeza de que o melhor realmente é a troca de empresa, ter uma conversa franca com seu gestor e mostrar que está procurando algo, mas que irá continuar trazendo resultados até lá, com o mesmo comprometimento de sempre. Assim, a empresa terá tempo para contratar uma pessoa para aprender as atividades.



iG: O que fazer com relação a possíveis entrevistas? Como não marcá-las em horário comercial?



Daniella: O profissional poderá negociar com o selecionador o horário da entrevista e tentar agendar fora de seu expediente, explicando que ainda está trabalhando e que se preocupa em não afetar as suas atividades e resultados.



iG: Qual a melhor forma, em uma entrevista de emprego, de não abordar a insatisfação no emprego atual? Existe um meio de driblar a famosa pergunta “por que você quer sair da empresa em que trabalha”?



Daniella: O profissional poderá falar sobre a possibilidade de crescimento que identificou na oportunidade em questão e de como desenvolver um novo trabalho na empresa lhe acrescentará profissionalmente, demonstrando que busca novos conhecimentos. É sempre importante explicitar que pretende encarar novos desafios. De fato, falar mal da empresa em que atua ou do chefe não é indicado.



iG: Quais os fatores que contribuem para um ambiente de trabalho hostil que possa gerar insatisfação dos funcionários? O que o profissional pode fazer para melhorar a situação?



Daniella: Alguns fatores contribuem para um ambiente hostil são fofocas e falta de uma gestão efetiva. Veja algumas considerações de como lidar com cada tipo de situação específica:



fofocas - sempre que tiver algo a dizer, diga diretamente ao seu colega de trabalho. Assim, você evita que seus comentários sejam mal interpretados e retransmitidos para outros funcionários. Este tipo de informação pode se transformar em um telefone sem fio e prejudicar muito o ambiente de trabalho;



falta de simpatia - você deve ser leal, cortês e humilde. Falar bom dia e cumprimentar os demais são atitudes que demonstram educação e respeito. A empatia é muito útil no ambiente de trabalho;

conflitos pendentes - qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar a discórdia no ambiente corporativo. Sempre resolva os seus assuntos com uma boa conversa, assim você evitará antipatias, fofocas e clima ruim para toda a equipe;



não saber ouvir seus colegas - saber escutar e respeitar a opinião dos demais é fundamental. Isso irá estimular a participação e a receptividade de novas idéias;

apontar o erro do outro – é melhor ajudar a resolver o problema do que apontar quem errou. No futuro, o erro apontado poderá ser o seu;



falta de clareza nas informações - é importante que todas as regras de conduta, metas, premiações e orientações sejam claras para evitar mal entendimentos ou dupla interpretação;

falta de uma gestão efetiva - o gestor precisa orientar, desenvolver, acompanhar e aplicar feedbacks para que os funcionários sintam-se valorizados e tenham um norte



Fonte: www.ig.com.br
Por: Danielle Nordi, iG São Paulo


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